você sabia que essas duas práticas possuem algumas diferenças importantes?
Confira abaixo as principais características sobre essas duas formas de utilização dos recursos naturais e como elas se relacionam com a agricultura.
Nessa publicação você verá:
Extrativismo é o processo de extração de recursos naturais que apresentam possibilidade econômica ou de subsistência, podendo ser vegetal, animal ou mineral.
No Brasil, a atividade extrativista é importante para a economia brasileira pela diversidade natural do país.
E ainda no período da colonização portuguesa, o extrativismo vegetal já era recorrente com a extração de pau-brasil, por exemplo.
Atualmente, o extrativismo vegetal já compreende também diversos outros produtos. Além da madeira, os frutos são um bom exemplo.
Mas além do extrativismo vegetal, há também o extrativismo animal e mineral. Veja o que significa cada um:
Assim, podemos observar que, no Brasil, a economia extrativa é uma realidade desde os tempos do descobrimento e cresce cada vez mais em função da biodiversidade do país.
Mas então o que significa Neoextrativismo?
Neoextrativismo é um modelo de desenvolvimento focado no crescimento econômico de uma nação a partir da extração de recursos naturais.
Ou seja, neoextrativismo é uma reconfiguração da ideia de extrativismo, agora considerando também um conjunto de estratégias de desenvolvimento.
Dessa forma, o neoextrativismo geralmente está relacionado com atividades extrativistas direcionadas para a exportação e na maioria das vezes envolve pouco ou nenhum processamento dos recursos extraídos.
Esse conceito surgiu inicialmente para contemplar a atividade extrativista e seus desdobramentos políticos e sociais em países da América Latina.
Desde os anos 90, o extrativismo na América Latina se intensificou cada vez mais e as exportações para o mercado mundial também.
E, por causa disso, a extração dos recursos naturais passou cada vez mais a ser submetida ao controle estatal.
Assim, com o aumento das receitas principalmente em função das exportações, passou-se a financiar programas sociais e de desenvolvimento.
Por essa razão, o neoextrativismo não é apenas a prática da extração de recursos naturais de uma nação para fins econômicos, mas sim um modelo de desenvolvimento econômico.
Alguns teóricos, inclusive, classificam o neoextrativismo como uma versão contemporânea do desenvolvimentismo.
Portanto, os setores extrativistas podem ser considerados pilares do crescimento econômico de uma nação e também da busca pela redução de desigualdades.
O Estado, que antes tinha apenas um papel regulador das práticas extrativistas, agora é um protagonista nessas atividades.
No Brasil, a prática extrativista é diretamente responsável pelas receitas de exportação do país.
Atualmente, o extrativismo vegetal se dá principalmente a partir da extração e exportação de madeira e frutos, como a borracha.
No entanto, a borracha, produto primário das seringueiras, já não figura como uma das atividades extrativas do Brasil como se dera no Ciclo da Borracha.
Além destes, de forma mais regional, a castanha-do-pará, o palmito e a carnaúba também são importantes recursos vegetais extraídos para exportação.
A extração de recursos minerais e do petróleo são um exemplo de atividade diretamente ligada com a exportação e que cresce cada vez mais no país.
Segundo notícia veiculada no UOL, a previsão de crescimento das receitas com exportações de minério de ferro é de 60% em 2021, indo para 41,25 bi de dólares.
O extrativismo animal é o com menor relevância econômica entre as três formas de atividade extrativista no Brasil.
A pesca é a forma de extrativismo animal mais relevante, principalmente na região amazônica pela biodiversidade de espécies e pela ampla variedade de rios.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre extrativismo e neoextrativismo, que tal conhecer também um pouco sobre agropecuária intensiva?
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