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Chuvas e agronegócio: impactos na produção agrícola

Chuvas e agronegócio: impactos na produção agrícola

Agronegócio no Brasil 4 de out de 2021
Insumo
Postado por: Insumo Agrícola

O excesso ou a falta de chuvas afetam diretamente a produção agrícola e os impactos são sentidos tanto pelo produtor quanto pelo consumidor. 

Na agricultura são três os “Cs” que interferem diretamente na produção, bem como os preços para o consumidor final. São eles: o clima, o câmbio e a China.

De acordo com Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e atual coordenador do Centro de Agronegócios da FGV, em entrevista à revista Veja, o primeiro aspecto, de ordem climática, que afeta o agronegócio é a chuva.

O mundo está passando por um período de anomalia no volume de chuvas, devido ao aquecimento global, comprometendo a safra dos produtores e aumentando a inflação.

Em 2021, de acordo com o Sistema Interligado Nacional (SIN), o Brasil está passando pelo menor índice pluviométrico desde 1931. Isso tem se repetido inclusive nos períodos de maior concentração de chuvas.

Essa tem sido considerada uma crise hídrica no país, causando impactos em diversos setores e culturas do agronegócio.

Mas, afinal, qual a importância da chuva para a agricultura?

Todo produtor deseja uma boa safra para que consiga fazer bons negócios. Para isso, é necessário muito esforço e trabalho, mas também é preciso contar com situações que estão além do seu controle.

É mais que evidente que a produção agrícola depende das chuvas bem distribuídas, bem como o manejo adequado do solo, entre outros fatores, para alcançar bons resultados.

Porém, a produtividade do agronegócio não é a única que depende das condições climáticas. 

As chuvas podem também interferir em etapas importantes do ciclo produtivo, gerando atrasos no período de plantio e colheita, por exemplo.

É uma reação em cadeia. Muitos fatores são vitais para os produtores rurais: o desmatamento, as mudanças nas áreas de produção, a incidência de chuvas, intensidade luminosa, épocas de seca, mudanças de temperatura etc.

O sucesso da colheita depende de um grande emaranhado de condições específicas em diferentes etapas do seu ciclo de produção.

Por exemplo, a soja precisa de chuvas na fase de enchimento dos grãos. Já na fase de colheita, é preferível que o clima esteja mais seco. Ou seja, se nesse período as chuvas estiverem presentes, haverá uma colheita tardia.

A colheita tardia, por sua vez, irá resultar em perda de produtividade dos grãos, reduzindo a rentabilidade e o lucro do produtor.

Por isso, as condições climáticas de cada área e períodos do ano, bem como as particularidades de cada cultura, são essenciais para o agronegócio.
Qual o impacto da falta de chuvas?

A falta de chuvas é prejudicial para  o agronegócio, porque pode gerar a perda de safras inteiras.

Um exemplo desses impactos negativos pode ser visto no Brasil desde o segundo semestre de 2020.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou, inclusive, a queda de 2,8% do Produto Interno Brito (PIB) da agropecuária entre abril e junho de 2021, determinado principalmente pela falta de chuvas que atingiu o país.

A queda foi influenciada pela seca, principalmente nas regiões de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, produtoras de café.

Sem chuva, houve interferência na floração das plantas e depois no enchimento de grãos.

Especificamente no caso da produção de café, a estimativa de queda para o ano de 2021 é de 21%, segundo o IBGE.

A atual crise hídrica no Brasil prejudicou ainda as lavouras de milho, que tem previsão de queda de 11% neste ano, bem como de algodão e milho.

Os setores com prejuízos mais nítidos por conta da seca, de acordo com dados do Itaú BBA, são:

  • Café
  • Laranja
  • Cana-de-açúcar
  • Pecuária de corte e de leite
  • Milho safrinha
  • Trigo
  • Arroz
  • Feijão 2ª safra
  • Feijão 3ª safra

Como a falta de chuva resulta no aumento do preço dos alimentos para o consumidor final?

A seca que assolou o Brasil nos últimos meses não gerou prejuízo apenas para o produtor e para o agronegócio. Com o PIB do setor recuando pela primeira vez desde 2016, o consumidor final também sente o impacto no bolso.

A população já sofre com o aumento da conta de luz, a alta dos combustíveis e agora também dos alimentos. 

A falta de chuvas causa um impacto direto na inflação. E quando sobe a inflação, o preço dos insumos aumenta e o poder de compra é reduzido, consequentemente o consumo em geral. 

Segundo o índice de preços dos alimentos das Nações Unidas, os preços dos alimentos subiram quase 40% em maio de 2021, comparados com o ano anterior. 

De abril para maio, o aumento de 4,8% foi o maior observado de um mês para o outro no setor de alimentos na última década.

De acordo com Abdolreza Abbassian, economista sênior da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, os preços aumentaram rapidamente no mundo inteiro devido a três fatores: demanda por milho na China, a contínua seca no Brasil e o aumento do uso global de óleos vegetais, açúcar e cereais .

O aumento dos preços dos alimentos no Brasil preocupa, principalmente, pelo fato de o país correr o risco de voltar para o chamado mapa da fome. 

Como resultado das secas, existe, portanto:

  • Expectativa de diminuição da colheita
  • Prejuízo no desenvolvimento dos frutos
  • Diminuição da qualidade das pastagens
  • Aumentos dos custos para o produtor (energia e insumos)
  • Aumento dos preços dos produtos agrícolas

Ainda assim, o Ministério da Agricultura prevê um crescimento de 9,8% em relação ao ano passado, principalmente por conta das projeções da soja, carnes bovina e de frango.

Como carro-chefe do agronegócio do Brasil, a soja registrou uma colheita recorde em 2020/21 e é o que possibilita a previsão de um cenário mais positivo até o fim do ano.

Qual a solução para o produtor?

Um bom planejamento pode ser  a chave para diminuir o efeito das chuvas ou da falta delas. 

Encontrar fornecedores, diversidade de marcas e preços mais acessíveis para os insumos agrícolas pode ajudar a enfrentar os períodos de crise.

A Insumo Agrícola tem o objetivo de oferecer esse espaço, conectando produtor e  fornecedor.

Você, como produtor rural, faz o cadastro, solicita uma cotação, compara os preços e negocia direto com o fornecedor.

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