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A agricultura familiar é o modelo de produção agrícola mais antigo da humanidade. Mas, apesar da simplicidade das técnicas utilizadas, a agricultura familiar ainda é responsável por grande parte dos produtos consumidos no mercado interno brasileiro.
Como bem sabemos, o agronegócio é um dos setores mais importantes da economia brasileira, sendo responsável por impulsionar ou manter o crescimento econômico do Brasil há anos. E, dentre os modelos de produção do agronegócio em nosso país, encontramos a agricultura familiar.
No post de hoje aqui do nosso Blog você vai aprender o que é agricultura familiar e como essa modalidade tem crescido em nosso país.
A agricultura familiar no Brasil envolve a produção agrícola e pecuária realizada em pequenas propriedades rurais. Com, no máximo, quatro módulos fiscais.
Sendo que, o módulo fiscal é uma unidade de terra cujo tamanho é definido pela prefeitura do município. Por isso, ele varia entre 5 e 100 hectares, dependendo do local onde a propriedade está.
Esse sistema de produção é mantido pelo núcleo familiar direto dos proprietários, como filhos (as) e companheiros (as), e um funcionário assalariado.
A produção obtida nesse modelo é destinada tanto para venda, quanto para consumo próprio. De forma que a comercialização dos produtos é a principal fonte de renda da família.
Além da produção familiar e da pequena propriedade, a agricultura familiar possui algumas características que a difere dos demais modelos de agronegócio. Entre elas, podem ser citadas:
— Policultura: as propriedades de agricultura familiar se caracterizam pela produção de diferentes itens. No mesmo espaço podem ser encontradas produções de animais e cultivos de diferentes tipos. Tanto para o consumo da família, quanto para a comercialização.
— Agricultura de subsistência: a produção dos agricultores familiares tem como objetivo produzir alimentos para garantir a sobrevivência do seu núcleo familiar e da comunidade da qual faz parte. Nesse sentido, a produção pode ser destinada ao consumo próprio ou a comercialização para a geração de renda.
— Capital Reduzido: como a produção é destinada à subsistência, o produtor dispõe de poucos recursos para investir na sua produção. Seja em técnicas mais modernas de produção ou em maquinário para facilitar o trabalho do dia a dia.
— Baixo nível tecnológico: os agricultores familiares se valem de técnicas tradicionais e conhecimentos populares para a manutenção da sua produção. O alto custo das tecnologias e a dificuldade de acesso impede que elas sejam utilizadas pelos pequenos produtores.
Nesse sentido, o produtor da agricultura familiar acaba investindo em técnicas mais simples e acessíveis para melhorar a sua produção. Dessa forma, se aproximam do modelo de produção orgânica, que não utiliza agrotóxicos ou outros elementos químicos.
— Divisão do Trabalho: outra característica marcante da agricultura familiar é a divisão do trabalho. Ao invés de as atividades serem distribuídas entre funcionários, elas são feitas pelos próprios membros da família. Todos atuam de alguma forma para cuidar e manter a qualidade da produção.
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Comparando o espaço dedicado à agricultura familiar com o espaço ocupado pelos grandes produtores rurais, é possível perceber que a área utilizada pelos pequenos produtores é de cerca de 20% das terras agricultáveis do país. O restante é ocupado por grandes latifúndios.
Entretanto, quando é feita a comparação com a produção, percebemos que as propriedades de agricultura familiar são as responsáveis pela maioria da produção de leite, alimentos e suínos. Também tem grande contribuição na produção de aves, bovinos para corte, café, milho, etc.
Além disso, as pequenas propriedades são responsáveis pela maioria dos empregos criados no meio rural. Por isso, é uma importante ferramenta para diminuir o êxodo rural e manter o campo ocupado.
A agricultura familiar é importante para o Brasil porque ela é responsável pela produção dos produtos consumidos no mercado interno. Enquanto a produção dos grandes produtores é voltada para a exportação, a produção dos agricultores familiares acaba sendo absorvida no próprio país.
Como a agricultura familiar utiliza técnicas mais tradicionais, algumas delas com baixo impacto ambiental, ela tem se ligado à agricultura sustentável. Dessa forma, o pequeno produtor rural consegue manter e/ou aumentar sua capacidade de produção. Além de melhorar a qualidade e, consequentemente, os preços de seus produtos sem agredir o meio ambiente a sua volta.
Esse modelo de agronegócio não é importante somente no Brasil. Ele se destaca na produção de alimentos no mundo todo. Por isso, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou o Dia da Agricultura Familiar, a ser comemorado no dia 25 de julho.
Acompanhando essa tendência, o governo brasileiro definiu que o dia 24 de julho seria marcado como o Dia Nacional da Agricultura Familiar.
Responsável por cerca de 70% dos alimentos consumidos pelo Brasil, a agricultura familiar vem ganhando incentivos do governo federal. Como exemplos existem o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).
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