A Importância do Seguro Rural para Produtores Brasileiros: Proteção e Sustentabilidade
O agronegócio brasileiro é conhecido por sua resiliência e capacidade de crescimento mesmo diante de desafios. No entanto, o...
LEIA MAISO Plano Nacional de Fertilizantes é uma política pública do mercado de fertilizantes brasileiros.
Em comparação com o resto do mundo, o Brasil é responsável por cerca de 8% do consumo global de fertilizantes. Um número elevado!
Ficamos atrás apenas atrás da China, Índia e Estados Unidos, ocupando assim a 4ª posição de consumo de fertilizantes no planeta.
No entanto, mais de 80% dos fertilizantes que utilizamos são importados. Então, onde está nossa produção?
Foi para isso que se criou o Plano Nacional de Fertilizantes: criar uma forte produção nacional. Entenda tudo sobre o tema a seguir!
O Plano Nacional de Fertilizantes é um projeto brasileiro para fortalecer a criação e a distribuição de fertilizantes 100% nacionais.
A ideia foi aprovada em 22 de janeiro de 2021. Na data, o Governo Federal emitiu o decreto de número 10.605 [1], dando início ao Plano Nacional de Fertilizantes.
Assim, se criou um grupo de trabalho específico, que deve sempre analisar e implementar incentivos para o Plano.
O Estado sabe que realizar uma empreitada dessas proporções não é fácil, por isso o Plano envolve diversas metas. A cada vez que se alcança alguma, se constrói mais uma base para a produção nacional.
Essas bases são necessárias para haver uma produção local, uma vez que integram tecnologia, infraestrutura, logística, incentivo fiscal, etc.
Há diversos motivos. O primeiro é simplesmente prático: nossos custos seriam muito menores.
Para se ter uma ideia, o Brasil só é um grande consumidor de fertilizantes porque é um grande agricultor.
Só de soja, nosso país produz cerca de R$300 bilhões de reais por ano. Este tipo de produção precisa de bons fertilizantes.
Com o déficit nacional de fertilizantes, o primeiro afetado é o produtor rural brasileiro, que se vê vítima de flutuações de preços estrangeiros e do mercado internacional.
A produção nacional do produto iria baratear e muito os custos para o agricultor nacional.
Outro motivo importante é que precisamos evitar que o cenário internacional afete nossa produção agrícola.
Recentemente, com a guerra entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, parte das fontes de fertilizantes do Brasil foram afetadas, o que gerou alerta no mercado.
A pandemia também causou certos problemas neste sentido, estragos que seriam bem menores se tivéssemos fertilizantes nacionais.
Portanto, o Plano Nacional de Fertilizantes segue tentando diminuir esse déficit na importação e criar um mercado brasileiro forte de fertilizantes.
O problema que o Plano Nacional de Fertilizantes tenta resolver é complexo, por isso é importante ter metas a longo prazo. Ao todo, o Plano tem cerca de 80 metas diferentes.
Mas vamos pontuar as principais metas e que resumem todo o projeto:
Essas são algumas das metas mais claras, urgentes e básicas do Plano Nacional de Fertilizantes.
E como todo plano bem estruturado, existem diretrizes que pautam toda a estratégia do Estado para lidar com o Plano Nacional.
O Plano utiliza 3 diretrizes que são:
Como dito, o mercado brasileiro é o 4º maior consumidor de fertilizantes no mundo.
Esse tipo de consumo não é de se estranhar quando comparamos com o número de produção agrícola do Brasil.
O número da importação já chegou a incríveis 41 bilhões de toneladas do produto.
Do final da década de 80 até 2015, o Brasil aumentou em cerca de 50% o seu consumo. Foi isso que incentivou a criação do Plano Nacional de Fertilizantes, para tirar do país este nível de dependência externa.
Existem muitos fatores que fazem do Brasil um lanterninha na produção de fertilizantes.
O primeiro é a falta de investimentos.
Existiam no Brasil algumas refinarias que, com o passar dos anos, foram fechadas ou privatizadas, e após passar por esses processos deixaram de lado a produção de fertilizantes.
A Petrobrás também era uma conhecida produtora de fertilizantes, com 4 fábricas, que passaram pelo processo descrito acima, de serem fechadas ou privatizadas — e quando privatizadas, mudaram sua atividade.
Para se ter uma ideia de como a situação nacional é complicada, em Sergipe existe um poço de potássio ideal para a produção de fertilizantes.
Caso a fábrica funcionasse, ela poderia reduzir a importação do produto em até 50%. Mas a fábrica segue desativada por falta de investimentos.
Por fim, vamos recapitular os benefícios do Plano Nacional de Fertilizantes e como ele influencia, na prática, o mercado brasileiro.
Com uma produção nacional de fertilizantes estruturada, as importações podem ser reduzidas com o déficit nacional neste setor.
O agricultor sofre com um mercado distante de suas necessidades.
Em eventuais faltas ou diante de uma urgência, é difícil o agricultor brasileiro conseguir uma boa fonte de fertilizantes que esteja próxima.
Como o Brasil depende da importação, é vítima de desestabilidade no mercado estrangeiro.
Com um mercado de fertilizantes independente, o agricultor brasileiro pode se ver livre deste tipo de situação e ainda economizar na hora de comprar fertilizantes.
Segundo o Plano Nacional, o mercado de 2023 sofrerá um impacto muito positivo no aumento da produção — 20% de fertilizantes a mais do que nos anos passados.
Esses números representam também uma baixa na importação e economia para o produtor rural.
Considerando o papel do agricultor brasileiro, o Plano Nacional de Fertilizantes é mais do que um mero planejamento para um tipo de mercado.
Afinal, é uma forma de melhorar as condições em que o Brasil realiza sua maior atividade comercial.
O Plano Nacional de Fertilizantes é muito interessante. Concorda?
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A Insumo Agrícola viabiliza compras e vendas de fertilizantes, herbicidas e sementes através da conexão entre produtor, distribuidor (revenda, cooperativa, etc.) e fabricante (misturadoras e importadores).
[1] https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/decreto/d10605.htm
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