O uso de adubo orgânico é uma forma de garantir que as plantas cultivadas não tenham problemas nutricionais, sejam em culturas de pequena ou grande escala.
Estes problemas nutricionais podem prejudicar o desenvolvimento correto da produção, além de possibilitar o aparecimento de fungos e pragas na plantação.
Por isso, é importante sempre realizar as análises de solo e de tecido vegetal, além de também exercitar a análise visual para verificar se a sua plantação está apresentando algum sintoma de deficiência nutritiva.
Entre os nutrientes mais importantes para o desenvolvimento do plantio, se destaca principalmente o conjunto NPK: Nitrogênio, Fósforo e Potássio.
Embora outros também sejam importantes em alguma medida, como o Cálcio, Magnésio, Enxofre, Boro, Zinco, Cobre e Molibdênio.
Confira abaixo o que você precisa saber sobre a importância da adubação orgânica, seu papel no desenvolvimento produtivo e quais são os tipos mais comumente utilizados.
O adubo orgânico recebe este nome porque é produzido a partir de matéria orgânica de origem animal, vegetal ou de restos culturais.
Ao se decompor no solo, ele libera nutrientes que enriquecem o solo, elevam a resistência das plantas, evita o aparecimento de pragas e possibilita que o solo armazene uma maior quantidade de água.
Outro ponto positivo do seu uso é o reaproveitamento de resíduos orgânicos que geralmente são descartados, como restos de alimentos.
No entanto, por ser um processo natural de decomposição no solo, é um processo mais demorado em relação à adubação química.
Na adubação química, os nutrientes são de origem mineral e tem uma ação mais rápida no solo, mas seu uso excessivo a longo prazo pode prejudicar o solo.
Confira abaixo quais são os principais tipos de adubo orgânico.
A compostagem é realizada a partir da decomposição de resíduos orgânicos, principalmente aqueles que seriam descartados.
Geralmente na compostagem se utilizam restos de folhas secas, grama e alimentos e é ideal para pessoas que moram em apartamentos, por exemplo.
Para realizar a decomposição, você precisará de uma caixa escura, conhecida como composteira, que é dividida em três andares:
O esterco é uma das formas de adubação orgânica mais tradicionais, sendo muito utilizada em hortas e plantações.
O esterco nada mais é do que o estrume produzido por animais herbívoros, como aves, gado, suínos, ovelhas e cavalos.
A sua preparação é relativamente simples, pois basta revirar a terra com o esterco a cada três dias e ter cuidado para que a matéria não fique muito úmida. No total, o adubo deve estar pronto ao fim de um mês.
Aqui, é preciso diferenciar o esgoto do lodo resultante do processo de tratamento de esgoto.
O conteúdo do esgoto é certamente prejudicial para os seres vivos, mas o material orgânico resultante do seu tratamento é rico em carbono e nitrogênio, que são nutrientes essenciais para o bom desenvolvimento vegetal.
Ao cortar a grama, você pode utilizar esses resíduos como uma camada sobre as plantações e hortas, pois o material orgânico é rico em nitrogênio.
Além disso, a camada de grama seca serve como uma camada protetora que preserva a umidade do solo reduzindo a ação de fungos e a proliferação de insetos.
Como você pode ver, a adubação orgânica, no geral, tem um grande benefício que é o seu baixo custo de produção.
Para a adubação orgânica em lavouras, que contam com uma maior escala produtiva, são usados geralmente resíduos provenientes da própria agroindústria.
A vinhaça é um resíduo da destilação fracionada da cana-de-açúcar, para a obtenção de álcool.
A sua composição é mais rica em nutrientes em usinas que produzem álcool a partir de mel residual da fabricação de açúcar do que em usinas dependentes.
Em relação às suas potencialidades nutritivas, a vinhaça é rica em potássio, mas também é fonte de nitrogênio, cálcio, magnésio, zinco e cobre.
A torta de filtro é outro resíduo da indústria sucroenergética, como a vinhaça. Ela é resultado da filtração do caldo extraído das moendas no filtro rotativo.
Essa matéria orgânica é rica em fósforo e umidade, sendo comumente utilizada na fertilização de canaviais pois garante a brotação da cana no período do inverno.
Como todo tipo de planta tem uma necessidade específica, é preciso avaliar o adubo orgânico escolhido a partir da sua concentração de nutrientes.
Além disso, se a sua produção for caseira, é importante observar que cada composto orgânico tem diversas etapas de decomposição para a obtenção do adubo.
Assim, é preciso tomar cuidado também com o processo de compostagem para que não haja contaminação ou efeito tóxico.
Em grandes lavouras, recomenda-se o uso da adubação orgânica de forma complementar à adubação química, pois essa combinação é capaz de garantir maior eficiência produtiva.
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